sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Anos negros para o automobilismo brasileiro pela frente...


O Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, tornando realidade uma campanha que havia começado há bastante tempo, quando lançou a campanha Rio-2004. Coincidentemente, será dois anos após a Copa do Mundo de Futebol, que ocorrerá em 2014, fazendo do Brasil, por um período de dois anos (Da Copa às Olimpiadas), o centro do esporte mundial.

Para muitas áreas do Brasil ligadas principalmente ao turismo e aos esportes, isso é ótimo. Mas o brasileiro médio não considera o esporte a motor como um "esporte".

Os Jogos Pan-Americanos de 2007, também no Rio de Janeiro, mutilaram o Autódromo de Jacarepaguá, que um dia foi considerado um dos mais modernos do mundo. Abandonado pelo descaso do Governo Estadual e por manobras infelizes da Federação Estadual e da CBA, e mutilado pelos Jogos Pan-Anericanos de 2007, o autódromo hoje é pouco mais que um "Club Track", e apenas uma vaga lembrança do que foi um dia. E o pior, as instalações do Pan não serão aproveitadas para os Jogos Olímpicos (O velódromo, por exemplo, já foi desmontado). 2016 verá o fim definitivo de um dos mais belos circuitos do Brasil, se é que ele vai resistir até lá.

Com a Copa, e eventuais "torneios internacionais" pré-Copa e pós-Copa, estádios estarão lotados e os autódromos, vazios. Afinal, Brasil é Futebol, não é mesmo? E, após a Copa, se as obras não atrasarem, o Brasil entrará no "clima Olímpico", onde se falará de todo e qualquer esporte, mesmo que seja Pelota Basca ou Futebol Americano. Menos qualquer esporte a motor. Afinal, como ouvi um dia de um brasileiro médio: "Corrida não é esporte, é a máquina que ganha".

A única solução para o esporte a motor estar a salvo nesse Brasil embriagado por realizações superficiais sem melhora de conteúdo, durante esses "anos negros", seria a inclusão de um - Mesmo que seja SÓ UM - esporte a motor dentre as modalidades Olímpicas, como foi estudado em Paris-1900. Eu até sugiro que seja a A1GP, uma vez que seus organizadores a definem como "A Copa do Mundo do Esporte a Motor". Assim, seria obrigatório para o Governo do Rio ou reformar Jacarepaguá ou construir um autódromo novo em folha.


Automobilismo levar público aos autódromos durante o Ano Olímpico? Só se a A1GP se tornar modalidade Olímpica!

Mas que o automobilismo brasileiro vai sofrer uma forte recessão entre 2014 e 2016, isso é certo. Só nos resta esperar pelo renascimento pós-Olimpíadas.

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